Há inúmeras causas para os downtimes de data centers, mas nenhuma é tão problemática quanto as falhas na fonte de alimentação de energia ininterrupta (UPS). A ironia é que o UPS – como seu nome indica – deveria garantir o uptime se a principal fonte de alimentação de energia ficar off-line.
A PRINCIPAL CAUSA DE DOWNTIME
Considerando que uma breve tempestade de vento é o suficiente para a rede elétrica sofrer danos, é fácil imaginar porque esses equipamentos são essenciais para a continuidade dos negócios e, além disso, porque eles são frequentemente colocados em uso. Entretanto, isso não explica porque a maioria dos recentes casos de downtime relevantes foram devidos a falhas na energia de backup. Aqui estão alguns dos tipos de organizações que sofreram downtimes após o UPS ter falhado em tomar o lugar da rede elétrica:
- Companhias Aéreas: Em 2016, duas importantes companhias aéreas dos EUA passaram por downtimes de seus negócios que foram o resultado de faltas de energia elétrica, que foram aumentados pelas falhas na alimentação pelo UPS nos data centers que hospedavam sistemas críticos. Nos dois casos, os passageiros passaram pela experiência de vôos retidos, cancelados e atrasados.
- Instalações de colocation: Em setembro de 2016, um dos principais fornecedores de serviços para data centers do Reino Unido passou por uma falta de energia que, descobriu-se depois, foi causada por um cabo que conectava o UPS. Esse evento ocorreu pouco menos de um ano após uma outra instalação de colocation sofrer com uma falha relacionada ao UPS.
- Data centers de cloud: Mesmo os mais produtivos fornecedores de cloud já passaram por downtimes de TI nos últimos anos como resultado de uma falha de UPS, causando downtime para os clientes.
MONITORAMENTO REMOTO DA ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA E CHAVES DE TRANSFERÊNCIA ROBUSTAS PODEM AJUDAR
Os exemplos acima são apenas alguns de muitos casos nos quais falhas do UPS no data center levaram a operações restritas nos negócios. Sem aprofundar-nos muito na causa de cada uma, é claro que o gerenciamento do UPS tem margem para melhorias.
Um bom lugar para começar é assegurando que o UPS não seja tratado como um componente secundário. Tecnicamente, ele é uma fonte de alimentação secundária – e de acordo com John Yoon, colaborador da FacilitiesNet, a infraestrutura de backup é muitas vezes mantida longe dos olhos, mais perto dos fundos da instalação. Entretanto, utilizar energia de backup não é tão simples quanto apenas ligá-la quando a fonte de alimentação primária fica off-line. Por exemplo, a sala de armazenamento do UPS deve ser tratada como qualquer outra parte do data center, o que significa manter condições climáticas (temperatura, umidade, etc.) ótimas.
Quando uma falha de alimentação de energia de fato ocorrer, as chaves de transferência de sua instalação precisarão transferir para a fonte de alimentação secundária em 25 milissegundos ou menos para garantir que não haja interrupção nos serviços. Durante o tempo em que a alimentação de backup estiver operacional, os operadores precisarão de uma maneira de monitorar em tempo real o UPS e a infraestrutura de gerenciamento de energia de apoio. Por isso, o monitoramento remoto de energia é essencial para detectar os primeiros sinais de uma falha no UPS.
Por fim, tão logo a fonte primária de alimentação estiver funcional, uma chave de transferência automática será capaz de imediatamente transferir as cargas elétricas de volta do UPS para a fonte original – crise evitada.
Republicado de Vertiv.